“No mundo da engenharia geotécnica, a Prova de Carga Direta sobre Placa é um teste superimportante. Ela nos ajuda a entender o quanto o solo aguenta de peso e como ele se deforma. É um método essencial para garantir a segurança e o bom desempenho de obras grandes, tipo estradas e fundações, e é tudo feito seguindo normas técnicas rigorosas como a DNIT 410-17 e a NBR 6489-19.”
Para que serve e onde se aplica?
O objetivo principal desse ensaio é descobrir o Módulo de Deformabilidade (EV2) de camadas de solo ou solo-enrocamento. Esse número é fundamental para termos certeza da qualidade dos aterros em estradas, garantindo que o solo vai aguentar as cargas sem deformar demais. Já pra fundações, o ensaio serve pra traçar uma curva de tensão-deslocamento, o que nos ajuda a estimar o quanto o solo vai deformar e qual a resistência da fundação.

O que usamos e como montamos?
Para fazer o ensaio, a gente precisa de alguns equipamentos específicos:
• Placa de Prova: É uma placa redonda e bem firme, que vai passar a carga para o solo.
• Defletômetros: São instrumentos de medição que registram o quanto a placa se move para baixo.
• Sistema de Reação: É uma estrutura que aguenta a força que aplicamos (geralmente uma carregadeira ou um caminhão pesado).
• Macaco Hidráulico: Para aplicar a carga de forma controlada.
A montagem tem que ser feita com muito cuidado, pra que tudo fique estável e os resultados sejam precisos. Isso inclui preparar o solo com uma caminha de areia e alinhar tudo direitinho.

Preparando o terreno:
A preparação do lugar do ensaio é um passo crucial. Precisamos ter certeza de que há uma área livre de pelo menos 2 metros de diâmetro em volta do ponto onde a carga será aplicada. A superfície precisa estar nivelada, e a placa deve ser apoiada numa camada de areia de no máximo 2,5 cm de espessura. É vital que a placa não encoste direto em pedras grandes, senão os resultados podem sair errados. O ideal é que o ponto do ensaio esteja na mesma altura das futuras fundações. Além disso, sempre precisa da sondagem para conhecer bem o terreno.
Como o ensaio é feito?
O ensaio segue uma sequência bem rigorosa:
- Pré-carregamento: Aplicamos uma carga inicial para tudo se assentar.
- Cargas Crescentes: Vamos aplicando a carga em, no mínimo, seis etapas, aumentando aos poucos.
- Tempos Específicos: Em cada etapa, a carga fica um tempo ali pra ver as deformações se estabilizarem.
- Descarregamento: Por fim, a carga é retirada gradualmente.
Este procedimento visa garantir a estabilidade e a repetibilidade dos dados, com controle e estabilidade adequados, evitando perturbações externas como vento, movimento ou chuva.
Calculando e interpretando os dados:
Com os dados que a gente coleta, é possível calcular o Módulo de Deformabilidade (EV2). Esse módulo nos mostra como o solo se deforma e é um parâmetro chave para avaliar a qualidade do aterro e pra criar o projeto das fundações. A curva tensão-deslocamento que geramos a partir desses dados é fundamental para essa análise.
O que as normas dizem?
Para garantir que tudo seja feito com a mesma qualidade e de forma padronizada, a gente segue algumas normas específicas:
DNIT 410-17: Solos – Prova de Carga Estática em Placa
Essa norma do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) define como determinar o Módulo de Deformabilidade (EV2) em camadas de solo-enrocamento. Ela é muito usada em projetos de estradas e detalha tudo: equipamentos, preparo do local e a sequência do ensaio para garantir a qualidade do aterro.
NBR 6489-19: Prova de Carga Estática em Fundação Direta
Essa Norma Brasileira (NBR) da ABNT estabelece o método de ensaio para traçar a curva tensão-deslocamento do solo sob carga pra fundações diretas. Ela especifica a necessidade de sondagens, a configuração dos equipamentos (com um sistema de reação estável), como aplicar a carga (com controle e sem perturbações), e os diferentes tipos de ensaio (lento, rápido, misto e cíclico). A norma também explica o que deve ter no relatório de resultados, como a localização, data, características do solo e qualquer coisa que tenha acontecido de diferente.
Em resumo, a prova de carga direta sobre placa é uma ferramenta poderosa pra controlar a qualidade na construção de aterros e no planejamento de fundações. Ao nos dar informações precisas sobre como o solo se deforma, ela nos ajuda a identificar possíveis problemas que poderiam comprometer a segurança e a estabilidade da obra. Seguir as normas, como as do DNIT e da ABNT (que também seguem padrões internacionais como DIN e ASTM), garante que o procedimento seja padronizado, trazendo segurança e confiabilidade aos resultados para o seu projeto de engenharia.

Caso você tenha alguma dúvida, fique a disposição para entrar em contato e tirar sua dúvida com nossos especialistas.
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